Muito
embora eu pense que dificilmente conseguimos entender algo inteiramente e que realmente
possamos ter, seja o que for, por inteiro, nunca gostei de nada pela metade.
Pra
mim, ou é mais ou é menos. E tudo que é menos acaba por ser esquecido, deixado
de lado ou desprezado
Não
gosto de metades por muitas razões e uma delas é porque estou ciente de que tenho
duas e ambas vivem se enfrentando e sempre se refletem no meu trato com as
pessoas com quem convivo, pois cada pessoa que cruza meu caminho recebe de mim
o que em mim desperta.
Por
esse motivo, há quem diga seja que sou gentil e educado e há quem me veja como
mal criado e ardiloso. Mas a verdade é que cada pessoa encontra em mim o que
procura.
Eu
classifico as minhas duas metades como o meu lado direito e o esquerdo. E os
encaro como o bem o mal que habita todo ser humano, o que não seria diferente
em mim.
Em
uma mão trago a semente do bem e na outra, a do mal. A mão que eu abro é a
semente que eu planto e vai me dar frutos. Se o que eu plantar for o bem, seus
frutos serão doces. Se for o mal, certamente seus frutos terão sabor
diferente.
Meu
desejo é plantar o bem o tempo todo, o que nem sempre eu consigo, porque quase
sempre, eu não sou pergunta e sim resposta.
(Simplesmente Kadu)
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