sexta-feira, 1 de maio de 2015

Metades





Muito embora eu pense que dificilmente conseguimos entender algo inteiramente e que realmente possamos ter, seja o que for, por inteiro, nunca gostei de nada pela metade. 
Pra mim, ou é mais ou é menos. E tudo que é menos acaba por ser esquecido, deixado de lado ou desprezado
Não gosto de metades por muitas razões e uma delas é porque estou ciente de que tenho duas e ambas vivem se enfrentando e sempre se refletem no meu trato com as pessoas com quem convivo, pois cada pessoa que cruza meu caminho recebe de mim o que em mim desperta.
Por esse motivo, há quem diga seja que sou gentil e educado e há quem me veja como mal criado e ardiloso. Mas a verdade é que cada pessoa encontra em mim o que procura.
Eu classifico as minhas duas metades como o meu lado direito e o esquerdo. E os encaro como o bem o mal que habita todo ser humano, o que não seria diferente em mim.
Em uma mão trago a semente do bem e na outra, a do mal. A mão que eu abro é a semente que eu planto e vai me dar frutos. Se o que eu plantar for o bem, seus frutos serão doces. Se for o mal, certamente seus frutos terão sabor diferente. 
Meu desejo é plantar o bem o tempo todo, o que nem sempre eu consigo, porque quase sempre, eu não sou pergunta e sim resposta.

(Simplesmente Kadu)

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