terça-feira, 9 de junho de 2015

Sou o que quero ser ou o que deixo que façam de mim?





Concordo com o cara que disse: “O mundo é uma grande ofensa de onde brotam inúmeras ofensas pequeninas.” E sinto uma tristeza sem tamanho ao perceber que de todas as ofensas que vieram ao mundo, eu ainda sou a menor.

Embora eu já saiba há muito tempo que já não sou mais criança, tenho consciência de que continuo sendo ofensa. E talvez a maior e mais perigosa. 
Maior e mais perigosa por não se dar conta do que faz no momento em que se deixa levar por sua emoção primeira e assim,  acaba por dar a quem não merece a única coisa que sempre ganhou...

Quando criança, nunca deixei meu amigo sem brincar, muito embora, eu próprio tenha ganhado bem poucos brinquedos. Mas sempre que me foi dado algum, eu ficava feliz em ver meu amigo se distraindo com ele...

Essa é a criança que eu fui um dia e venho tentando mantê-la viva. Esse era o modo que a criança que eu fui encontrou de ser feliz, e é o mesmo que venho tentando manter até hoje. Mas a esse mundo nós viemos pra aprender... Eu tenho dito sempre que  a vida é a maior de todas as escolas e eu sou um eterno aprendiz. 
Ao longo da minha caminhada, descobri que nossas escolhas são sempre menores do que nossas possibilidades e mesmo que façamos uma opção pelo que queremos estudar, a vida sempre aquilo que precisamos realmente aprender, independente da nossa insistência em  manter nossos olhos fechados.

Hoje eu aprendi uma lição muito dura que nunca vou esquecer, ela quase matou a criança que existe em mim. Eu, talvez não... Mas a criança que eu fui vai sobreviver, mesmo que em um coração que já não seja mais meu.   



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